
Três portuguesas jogam hoje quadro principal
As três portuguesas que receberam convites da Federação Portuguesa de Ténis (FPT) para disputarem o quadro principal do 1.º Obidos Ladies Open, disputam hoje (quarta-feira) a primeira ronda deste torneio internacional feminino, a contar para o ranking mundial, de 25 mil dólares em prémios monetários, cerca de 20 mil euros, na Guardian Bom Sucesso Tennis Academy (Óbidos).
A jornada começou às 10 horas e no court n.º1 Lúcia Quitério defronta a veterana italiana Giulia Gatto-Monticone, a 3.ª cabeça de série. No segundo duelo do court n.º4, Sara Lança mede forças com a búlgara Aleksandrina Naydenova. No terceiro embate do court n.º2, Ana Filipa Santos depara com a espanhola Yvonne Cavalle-Reimers. Em todos os casos, são primeiros confrontos entre as duas jogadoras, pelo menos em torneios da Federação Internacional de Ténis a contar para o ranking WTA.
A chuva e, sobretudo, o vento forte que fez-se sentir durante todo o dia de ontem (terça-feira), com rajadas superiores a 50 Km/h, fizeram com que o juiz-árbitro espanhol Ivan Martínez Barredo não tenha podido colocar nenhum encontro em campo. Por isso, para concluir-se o último encontro que faltava da fase de qualificação, foi preciso transferi-lo para um campo coberto em Santarém.
Nesse duelo, a romena Karola Bejenaru, que tinha eliminado a portuguesa Madalena Andrade, de apenas 16 anos, na primeira ronda da qualificação, acabou por apurar-se para o quadro principal, ao derrotar a britânica Emily Appleton, a 11.ª cabeça de série, por 6-4 e 6-4.
Embora a chuva deva manter-se, há previsões de alguma melhoria meteorológica e pode ser que hoje seja possível arrancar finalmente com o quadro principal de singulares. Há 16 encontros escalonados, ou seja, toda a primeira ronda. É um programa obviamente ambicioso e é provável que não seja possível cumpri-lo na totalidade, mas o importante é ir adiantando o torneio o mais possível durante estes dias de mau tempo.
Duelos das portuguesas
Lúcia Quitério, de 17 anos, vice-campeã nacional de sub-18 em 2016, não está cotada neste momento no ranking mundial, mas já foi quartofinalista de um torneio ITF, na terra batida do Clube Escola de Ténis de Oeiras, no ano passado. A jogadora que tem raízes locais, pois treinou na Felner Academy, nas Caldas da Rainha, procura repetir a presença na segunda ronda nesta mesma Guardian Bom Sucesso Tennis Academy de março passado. A tarefa da atleta do Centro de Alto Rendimento do Jamor é, contudo, espinhosa. Giulia Gatto-Monticone tem 30 anos, já foi top-300 mundial e conta com 8 títulos ITF de singulares, 2 dos quais desta categoria de 25 mil dólares.
Sara Lança, de 21 anos, também não tem ranking e nunca conseguiu estar entre as 1000 primeiras, mas também ela já foi quartofinalista no ITF de Rabat, em Marrocos, em 2015. Procura passar a primeira ronda pela sexta vez na sua carreira mas a primeira noutro piso que não a terra batida. A sua adversária é a búlgara Aleksandrina Naydenova, de 26 anos, 431.ª no ranking e antiga top-250, que também prefere a terra batida, superfície em que conquistou 6 dos seus 7 títulos ITF.
Ana Filipa Santos, de 22 anos, é a atual campeã do Masters da Associação de Ténis de Lisboa e está a apenas 1 lugar do seu melhor ranking de sempre, na 1180ª posição. Em 2010, muito jovem, foi oitavofinalista no ITF de Vila Real de Santo António, mas depois só voltou a essa posição no ano passado, somando três presenças em oitavos de final, em Guimarães, no Porto Open e em Agadir. É uma jogadora em crescendo. Simplesmente, tal como as outras portuguesas, também ela enfrenta uma adversária com títulos ITF, a espanhola Yvonne Cavalle-Reimers, vencedora de 4 torneios internacionais, todos em terra batida, sendo a atual 409.ª classificada no ranking mundial.