
“O projeto MyMachine é tornar o sonho em realidade”
Foi apresentado publicamente, hoje, 19 de setembro, pelas 10h30, no Parque Tecnológico, a edição deste ano do projeto MyMachine. Para este ano letivo, o Parque Tecnológico garante a parceria com o CENFIM – Núcleo Caldas da Rainha, que terá o papel determinante na construção das máquinas idealizadas pelos alunos de Óbidos.
Na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Óbidos agradeceu diretamente a todos, alunos, professores, animadores e parceiros que “ajudaram a tornar este sonho uma realidade”. “Vocês fazem-nos acreditar que o nosso futuro será bem-sucedido, uma vez que são meninos e meninas muito criativos e que vão colocar isso ao serviço do País e do Mundo”. Humberto Marques destaca que a “criatividade é muito importante e daqui a uma década vamos todos ver o que isso representa”.
O autarca explicou que, este ano, o MyMachine vai arrancar com cinco turmas, ou seja, todos os alunos do primeiro ano do primeiro ciclo dos três complexos escolares (Arcos, Alvito e Furadouro). No entanto, no ano letivo 2016/2017, “estamos a fazer um [projeto] piloto com alunos mais novos, do jardim-de-infância [do Arelho]”.
”E porque gostamos de pensar em termos globais, em agosto, colocámos para apreciação uma candidatura europeia, no valor de três milhões de euros. Estão envolvidos países como a Bélgica, a Dinamarca, a Noruega, a Eslovénia e a Eslováquia, no âmbito do MyMachine, e esperamos que esta candidatura possa ter o melhor sucesso, para que possamos estabelecer estas relações internacionais”, destacou. O autarca esclareceu ainda que a criação desta rede possibilitará que “alunos de Óbidos possam desenvolver máquinas pensadas por alunos de outros países”.
A cerimónia de hoje serviu para a apresentação das máquinas do ano letivo anterior e a assinatura do protocolo com todos os parceiros (CENFIM, ESAD – Escola Superior de Arte e Design, das Caldas da Rainha, Agrupamento de Escolas Josefa d’Óbidos, Município de Óbidos e OBITEC – Parque Tecnológico de Óbidos) e contou com a presença de alunos, professores, pais e animadores que participam no MyMachine.
Vizinhos “fixes” e máquinas “loucas”
Para o diretor do Parque Tecnológico de Óbidos é “graças a vocês [alunos] que o MyMachine existe”. Miguel Silvestre garante que o projeto “vai continuar a existir e vai continuar a fazer as máquinas mais loucas para resolver os vossos problemas”.
Também José Manuel Nascimento diz que é “uma alegria fazer parte de um Agrupamento que faz coisas maravilhosas, como o MyMachine”. Segundo o membro da direção do Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos, “esta é uma geração que está habituada a criar” e, por isso, “Óbidos também se escreve com as letras da Criatividade e da Inovação”.
Já João Santos, diretor da Escola Superior de Arte e Design, das Caldas da Rainha, instituição que vai colaborar ativamente na construção das máquinas dos alunos, sublinha “que é muito bom ter vizinhos tão ‘fixes’ como vocês”. Num discurso direcionado para os alunos presentes nesta cerimónia, o responsável agradece “estas ideias fortíssimas”, esperando que, daqui a alguns anos, “possa tê-los como alunos para que possam ajudar a resolver os problemas dos vossos amigos mais novos”.
O diretor do CENFIM das Caldas da Rainha, que vai ajudar na construção das máquinas, destacou o facto de, este ano, “haver formandos a tempo inteiro envolvidos no projeto”. Vítor Lapa aproveitou a oportunidade par convidar todos aqueles que queiram visitar a instituição, uma vez que “o ensino profissional é uma alternativa muito válida, sendo a formação prática uma grande mais-valia do CENFIM”.
Sobre o MyMachine
Recorde-se que o MyMachine é um projeto que surgiu em Kortrijk (Bélgica), através da Universidade de Howest, e é promovido em Óbidos, pelo Parque Tecnológico, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, o Município de Óbidos, o Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos e o CENFIM.
O objetivo deste projeto é promover a criatividade na Educação, permitindo que as crianças concretizem as suas ideias através da construção das suas “máquinas”. Essas máquinas são soluções para resolver problemas do Mundo, da nossa sociedade, da nossa vida, ou da nossa aldeia, recorrendo à criatividade das crianças e à sua forma simples de encarar o mundo, juntando-lhe depois o conhecimento e a capacidade tecnológica de instituições de ensino superior e empresas do Parque Tecnológico.